Morro São João- desenho bico de pena
sexta-feira, 31 de agosto de 2018
ESTADO DE MINAS – Quarta-feira, 21 de maio de 1986 - 5
Artes
plásticas
As aladas figuras de Annamélia
- Mari’Stella TRISTÃO
É sempre bom retornar a Ouro Preto entrando pelas paisagens
de sonhos que são as gravuras de Annamélia.
A partir de hoje ela estará expondo na Galeria Itaú (Av.
Afonso Pena, 3888 – Mangabeiras), e junto com as paisagens estarão também seus
anjos e crianças: aladas figuras que dançam
no justo equilíbrio de suas composições.
Desde 1965, início de sua carreira como profissional,
Annamélia trabalha sua arte como um projeto de vida, condição essencial que
justifica a plena aceitação de sua obra.
Participando intensamente do movimento artístico de Minas,
especialmente de Ouro Preto, onde criou a Escola de Arte da FAOP, Annamélia
integrou importantes mostras coletivas no Brasil e no exterior, bem como salões
oficiais e Bienal de São Paulo.
Em 1981 foi um dos quatro artistas escolhidos para a mostra
das “Projeções Atuais do Barroco”, que integrou a grande exposição sobre o
“Barroco Mineiro”, apresentada em Nova Iorque e em várias cidades brasileiras.
Foi premiada no Salão de Arte do Museu de Belo Horizonte, no
Salão de Cultura Francesa, no Salão do Conselho Estadual de Cultura de M.G.,
obteve o grande prêmio de gravura no Salão de Governador Valadares, e em 1969 o
prêmio de aquisição Itamaraty da Bienal de São Paulo.
Nesta exposição Annamélia apresenta um trabalho refinado e
amadurecido, muito bem definido nos textos de Mari’Stella Tristão e Márcio
Sampaio, que assinam o catálogo:
“Um dado real na arte de Annamélia é a busca da
essencialidade da identificação total com aquilo em que acredita o ser humano.
A referência é óbvia e coerente com esse sentido de
realidade. São anjos e crianças, cujas formas desenham e esculpem o espaço numa
organização plástica admirável, produto de integração plena entre o raciocínio
inteligente e um espírito extremamente sensível.
A mensagem é sempre de paz e de beleza nas lembranças
lúdicas e barrocas, sob o céu particular e a atmosfera histórica da cidade onde
mora – Ouro Preto.
O preciosismo do desenho alia-se à limpeza da impressão e
das cores, na sua maioria suaves ou neutralizadas, gerando esta excelente
gravura que já se tornou conhecida dos salões e do público brasileiro”.
ANNAMÉLIA LOPES
Currículo
Anna
Amélia Lopes de Oliveira nasceu em Nova Lima em 7 de outubro de 1936. Quando
tina 6 anos a família mudou para Belo Horizonte. Em 1962/63, residiu em Lagoa
Santa, transferindo –se em 1964 para Ouro Preto, onde reside e trabalha até
hoje. Em 1970, juntamente com seu marido o pintor Nello Nuno criou os cursos de
artes que deram origem à Escola de Arte Rodrigo Mello Franco de Andrade da
Fundação de Arte de Ouro Preto (FAOP), da qual foi diretora e professora de
desenho e gravura aposentando-se em 1996. Seus trabalhos integram várias
coleções particulares e acervos de instituições entre os quais Itamaraty (Brasília
– DF); Museu de Arte da Pampulha; Fundação Clóvis Salgado; Pinacoteca do Estado
/ Museu Mineiro; Universidade Federal de Minas Gerais (Belo Horizonte / MG);
Universidade Federal de Viçosa (Viçosa MG); Fundação de Arte de Ouro Preto.
FORMAÇÃO:
1º
e 2º grau (magistério), Colégio Notre Dame de Sion, Belo Horizonte, MG.
Graduação
em Belas Artes, Escola de Belas Artes da UFMG, Belo Horizonte, MG.
Curso
de Gravura em Metal com o prof. José Assunção Souza, Festival de Inverno Ouro
Preto, MG.
Curso
de Gravura em Metal com o prof. Clécio Maduro, Fundação de Arte de Ouro Preto,
MG.
Professores
que participaram de sua formação: Álvaro Apocalipse, Haroldo Matos, Yara
Tupinambá, Jefferson Lodi, Herculano Campos, Amilcar de Castro.
Em
1975 ficou viúva do pintor Nello Nuno.
PRINCIPAIS
COLETIVAS:
1966
– Exposição de inauguração da Galeria Pilão, junto com Nello Nuno, Ouro Preto, MG
1970
– III Exposição Nacional de Arte/V Colóquio de Museus de Arte do Brasil. Museu
da Pampulha, Belo Horizonte, MG
1971-
Participou como convidada do Sala Novos Valores / Mostra especial da XI BIENAL
DE SÃO PAULO, SP
- Mostra de Inauguração da Pinacoteca
do Estado de Minas Gerais. Palácio da Liberdade Belo Horizonte, MG
1972
- Barroco Mineiro em São Paulo, SP
- ARTE / BRASIL / HOJE: 50 anos depois -
Mostra comemorativa dos 50 anos da Semana de Arte Moderna, Galeria Collectio, São
Paulo, SP. Curadoria de Roberto Pontual
- Coletiva Artistas de Ouro Preto,
Hotel Del Rey, Belo Horizonte, MG
1974
- Mostra Inaugural da Sala de Exposições da Casa dos Contos de Ouro Preto, Ouro
Preto, MG
1976
- Gravuras de Annamélia e Pinturas de Nello Nuno (in memoriam) – Galeria Guignard,
Belo Horizonte, MG
1977
- Gravuras de Annamélia e desenhos de Carlos Woney na Galeria do Palácio das
Artes, Belo Horizonte, MG.
1978
- Mostra “12 Artistas de Ouro Preto”, Fazenda da Caieira, Ouro Preto, MG.
1978/79
- Quatro Artistas Mineiros, Palácio da Liberdade, Belo Horizonte, MG
1979
- Mostra “A arte e o Universo da Criança” – junto com Carlos Woney, Grande
Galeria do Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG.
1980
- Primeira Exposição dos Artistas Plásticos de Ouro Preto (APOP) Grande Hotel
de Ouro Preto, MG.
1981
- Mostra” The Projetion of The Barroque in the Comtemporary Art of Minas Gerais
“Mostra integrante do evento sobre o Barroco Mineiro – Trade Bureau - Nova
York/ USA.
- Mostra “Catálogo Vivo dos Artistas
de Ouro Preto “- Casa dos Contos de Ouro Preto, MG.
- Mostra “Artistas de Ouro Preto”-
Homenagem a Nello Nuno –Galeria JS – Belo Horizonte, MG.
1982
- Mineiros no Paraná, Curitiba /Paraná.
- Mineiros em Brasília, Brasília – DF.
- Barroco Mineiro, Módulo sobre as
projeções do Barroco na Arte Contemporânea em Minas Gerais, Grande Galeria do
Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG e Galeria da Fundação Cultural do
Distrito Federal, Brasília, DF.
- Clube do Alumínio - Ouro Preto, MG.
1983
-11 Artistas de Ouro Preto – Galeria Guignard Belo Horizonte, MG.
- Participação na Feira de Arte na
Praça da Liberdade em Belo Horizonte, MG.
- 20 Artistas de Ouro Preto, Escola de
Artes e Ofícios, Montes Claros, MG.
1984
- Artistas de Ouro Preto - Festival de Inverno de Itabira, Itabira, MG.
- 4 Artistas de Ouro Preto – Propuestas
Galeria de Arte, Assunção, Paraguai.
1984
- Mostra inaugural do Espaço de Arte da CEMIG, Belo Horizonte, MG.
- Mostra do Acervo da Fundação Clóvis
Salgado, Grande Galeria do Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG.
- Mostra inaugural da Galeria
“Corredor da Arte " - Mostra de Gravura da Fundação de Arte de Ouro Preto
– Saguão da UFOP, Ouro Preto, MG.
- Arte e Artesanato de Ouro Preto, Senac Rio de Janeiro, RJ.
- Annamélia e Jorge dos Anjos – Galeria Renato de Almeida, Pró Música,
Juiz de Fora, MG.
- “A produção de Artes Plásticas em Ouro Preto/hoje “- Casa dos Contos,
Ouro Preto, MG.
1985
- O Palácio das Artes abre suas portas e expõe os Artistas Mineiros e seu acervo.
- Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG.
- Artistas Mineiros – reabertura do
Palácio da Liberdade Belo Horizonte, MG
1987
- Artistas Contemporâneos – uma visão Social - Ouro Preto, MG.
- Uma Visão Social – Artistas Mineiros
Grande Galeria do Palácio das Artes Belo Horizonte, MG
- Gravura em Metal –Centro de Vivência
– Universidade Federal de Viçosa, MG.
1988
- Mostra de Gravura – Athanase Sarantopoulus – Galeria de Arte, Ribeirão Preto,
SP.
- Primeira coletiva Arte -
Mineiridades – Iate Clube de Brasília – Brasília, DF.
- Mostra “Arte Contemporânea de Ouro
Preto” – Sociedade Mineira dos Engenheiros, Belo Horizonte, MG.
1989-
Mostra de Gravura – Espaço Cultural Mascarenhas - Juiz de Fora / MG.
1991-
Mostra “Brasiléia “– Dronninglund, Kunstcenter Denmark.
1992-
Exposição junto com Gabriela Rangel - Galeria Gesto e Objeto, Ouro Preto, MG.
1993-
Mostra “Um Núcleo Pioneiro de Criação em Minas “– Galeria da FAOP, Ouro Preto, MG.
1993-
Mostra de Artistas Mineiros Contemporâneos -“ Um Brilho de Esperança “- Galeria
de Arte da Cemig, Belo Horizonte, MG.
1994-
“Amor, Doce Coração da Minha Vida “ Casa Guignard, Ouro Preto, MG.
- Exposição do Acervo do Palácio das
Artes, Ouro Preto, MG.
- Mostra" A Produção Artística e
Literária dos anos 60 e 70“, Centro Cultural da UFMG, Belo Horizonte, MG.
- Mostra “A Identidade Virtual” Mostra
que integrou as atividades Culturais da VII Reunião do Conselho do MERCOSUL ,
Ouro Preto, MG.
1995
- Mostra “Luzes de Ouro Preto "– Galeria Bamerindus, Curitiba, Paraná.
1996
- Artistas Mineiros – Mostra Comemorativa dos 70 anos da UFV – Viçosa, MG.
1997-
Mostra “Um Século de História das Artes Plásticas em Belo Horizonte – anos 60 e
70 “- Museu de Arte Moderna – Pampulha, UFMG, Museu Mineiro, Aeroporto
Internacional de Confins. Curadoria de Marília Andrés, Belo Horizonte, MG.
1998
- Mostra “Grande Círculo das Pequenas Coisas” – Exposição Progressiva – A
Medida do Homem na Ordem do Universo – Sala Genesco Murta, Palácio das Artes,
Belo Horizonte, MG.
- Paisagens –Museu do Aleijadinho –Matriz
N. Sra da Conceição - Ouro Preto, MG.
- Mostra Ouro Preto 300 Anos Depois –
Arte Hoje – Grande Galeria Do Palácio Das Artes, Belo Horizonte, MG.
- Mostra “Ouro Preto 300 anos depois –
Arte Hoje”- Centro Cultural Camélia M. de Souza, Vitória, ES.
- Mostra" Ouro Preto 300 anos
depois – Arte Hoje”- Palácio do Itamaraty, Brasília, DF.
- Mostra “ Ouro Preto 300 anos depois –
Arte Hoje" – Goiânia, GO.
- Mostra “Ouro Preto 300 – anos depois
– Arte Hoje" Galeria da Casa dos Contos, Ouro Preto, MG.
- Mostra Comemorativa dos 30 anos da
FAOP – exposição:" Nello Nuno, pinturas - Annamélia, gravuras - Gabriela
Rangel, desenhos" SEMANA DE ARTE NELLO NUNO ANNAMÉLIA” Galeria da Fundação
de Arte de Ouro Preto – Ouro Preto, MG.
2001
- “Brasil no novo Milênio” – A arte de Minas - Galeria Arlindo Daibert/Centro
Cultural Bernardo Mascarenhas, Juiz de Fora, MG.
- Aspectos Contemporâneos da Arte em
Ouro Preto – Exposição comemorativa da inauguração do Centro de Artes e
Convenções da Universidade Federal de Ouro Preto, MG.
- Exposição Coletiva de Artes Plásticas
Comemorativa ao Centenário do Morro da Mina- Ouro Preto, MG.
- 14ª Mostra do Gabinete de Arte-
Gabinete do Prefeito de Belo Horizonte, MG.
2005
- Arte na Estrada Real – Festival de Inverno de Ouro Preto – Salão Diamantina –
Centro de Artes e Convenções de Ouro Preto, MG.
2007/2008
- NEOVANGUARDAS- Museu de Arte da Pampulha: 50 anos, Belo Horizonte, MG.
2008-
Annamélia Lopes –Galeria de Arte Nello Nuno- Comemorativa dos 40 anos da
FAOP.Paisagens de Ouro Preto/ aguafortes e Pinturas a óleo.
2010
- Tributo a Athaíde – Coletiva de Artistas de Ouro Preto e Mariana, na Casa dos
Contos de Ouro Preto, MG.
2013
– Poética das Cores – quando do lançamento do livro sobre o pintor Nello Nuno,
"NELLO NUNO: A POÉTICA DO COTIDIANO"; e do livro sobre a
pintora" Eliana Rangel: “Construções Afetivas", Autor: Márcio Sampaio
em Viçosa, na Pinacoteca da UFV, quando aconteceu uma mostra simultânea com
quadros de Nello Nuno, Eliana Rangel, Márcio Sampaio, Gabriela Rangel, Tatiana
Rangel e Annamélia.
PARTICIPAÇÃO
EM SALÕES E PREMIOS
1961
- 1º Prêmio de Desenho e 3º de Gravura no X Festival de Arte de Belo Horizonte,
MG.
1963
- Prêmio Aquisição (Gravura) XIII Salão Municipal de Belas Artes de Belo
Horizonte, MG.
1969 - Prêmio Aquisição (Gravura) no III Salão
Nacional De Ouro Preto, MG.
1969
- PRÊMIO ITAMARATY (GRAVURA) NA X BIENAL
DE SÃO PAULO, SP.
1969
- Prêmio Oficial De Aquisição, Prefeitura De Belo Horizonte – Salão Nacional de
Arte Contemporânea de Belo Horizonte, MG.
1970
- Prêmio de Gravura - II Salão Nacional da Aliança Francesa - Belo Horizonte, MG.
1975
- Prêmio Aquisição – (Gravura em metal) 2º Salão da Caixa Econômica do Estado
de Goiás, GO.
1981
- Prêmio B. Caribé Filho – IV Salão do Conselho Estadual de Cultura do Estado
de Minas Gerais, Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG.
1982
- Participação no V Salão do Conselho Estadual de Cultura do Estado de Minas
Gerais, Palácio das Artes, Belo Horizonte, MG.
1983
- Participação no 1º Salão Global de Inverno-Palácio das Artes, Belo Horizonte,
MG.
1984
- Prêmio Aquisição – IX Salão de Arte de Ribeirão Preto, SP
1984
- Participação na IX Mostra de Gravura – Cidade de Curitiba (Pan Americana)
Curitiba PR.
1984
- Participação no 1º Salão do Palácio das Artes (Nacional) Belo Horizonte, MG.
1985
- Prêmio Secretaria de Cultura do Estado de Minas Gerais no 2º Salão de Artes
Plásticas de Governador Valadares, MG.
1995
- Participação no XX SARP – Salão Nacional de Ribeirão Preto – Museu de Arte de
Ribeirão Preto, SP.
2011-
Participação na coletiva “ARTE NAS VILAS: 300 anos de Ousadia” – Festival de
Inverno de Ouro Preto e Mariana da UFOP, no Centro Cultural e Turístico do
Sistema FIEMG em Ouro Preto, Ouro Preto, MG.
2011-
Participação na coletiva “AS VILAS NA ARTE” – Festival de Inverno de Ouro Preto
e Mariana da UFOP, no Centro de Artes e Convenções da UFOP, Ouro Preto,
MG.
EXPOSIÇÕES
INDIVIDUAIS:
1965
- 1ª Exposição Individual (Desenho e Gravura) Galeria Guignard - Belo Horizonte,
MG
1975
– Couro gravura e Gravura em Metal Galeria da ALAP – Atelier Livre de Artes
Plásticas - Belo Horizonte, MG
1975
- Gravura e Pintura -Campus da Universidade Federal de Viçosa, MG.
1981
- Galeria da Fundação de Arte de Ouro Preto - Ouro Preto, MG.
1984
- Janela Elétrica Bar - Ouro Preto, MG
1985
- Contraponto – Galeria de Arte – Rio de Janeiro, RJ.
1986
- Galeria Itaú - Belo Horizonte, MG
1986
-Espaço Cultural Petrobrás - Rio de Janeiro, RJ.
1987
-" Annamélia – Gravura em Metal" Sala Manoel da Costa Athayde – Museu
da Inconfidência, Ouro Preto, MG.
1988
- “Annamélia” Gravura em metal – Galeria Padre Mendes Barros – Escola Técnica
Federal de Ouro Preto, Ouro Preto, MG.
1991
- “Annamélia – Água forte e desenhos “- Galeria de Arte Museu Casa Guignard,
Ouro Preto, MG.
1995
- “Xilogravuras” – Galeria Marchand D´Art - Ouro Preto, MG.
1997
- “Impressões sobre Impressões” Galeria de Arte da Cemig, Belo Horizonte, MG.
2008
- Gravuras em metal e releitura em pintura – Galeria de Arte Nello Nuno,
Fundação de Arte de Ouro Preto, Ouro Preto, MG.
2016
– Cartografia Ingênua de Ouro Preto – Galeria de Arte Nello Nuno, Fundação de
Arte de Ouro Preto, Ouro Preto, MG.
2016
- Cartografia Ingênua de Ouro Preto – Galeria Sesi, Mariana, MG
2017-
Cartografia Ingênua – Annamélia Lopes- FIEMG-SESI- Mariana, MG
OUTRAS
ATIVIDADES
1969
– Iniciou, junto com Nello Nuno, os cursos que dariam origem à ESCOLA DE ARTE
RODRIGO MELO FRANCO DE ANDRADE DA FUNDAÇÃO DE ARTE DE OURO PRETO, Ouro Preto,
MG.
- Foi professora de Educação Artística
no Colégio Imaculada Conceição de Belo Horizonte.
- Foi Professora de Gravura no X
Festival de Inverno da UFMG em Ouro Preto.
- Foi professora do curso de iniciação artística,
de desenho e gravura, da Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade da
Fundação de Arte de Ouro Preto
- Dirigiu a Escola de Arte Rodrigo Melo
Franco de Andrade da Fundação de Arte de Ouro Preto de 1969 até 1978.
1979
- HOMENAGEADA NO “IV SALÃO NELLO NUNO” DE GRAVURA – juntamente com Lótus Lobo,
Marília Rodrigues, Wilma Martins e Yara Tupinambá.
1992
- Ilustração no livro “Minas de Liberdade” – editado em comemoração ao
bicentenário de Tiradentes, pela Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
2012
- Palestra sobre Desenho – Museu Casa Guignard – Ouro Preto, MG
2018-
Annamélia Lopes – Pinturas- Galeria Ney Cokda /30 anos- Instituto Federal MG Campos
Ouro Preto, MG
PARTICIPAÇÃO
EM ACERVOS:
-
Museu de Arte Moderna de Belo Horizonte – Pampulha, Belo Horizonte, MG.
-
Pinacoteca do Estado de Minas Gerais, Museu Mineiro, Belo Horizonte, MG.
-
Pinacoteca da Universidade Federal de Viçosa, MG.
-
Pinacoteca do Palácio das Artes. Belo Horizonte, MG
-
Acervo da UFMG, MG.
BIBLIOGRAFIA
-
Verbete e ilustração no dicionário de Artes Plásticas no Brasil de Roberto Pontual.
-
Verbete e ilustração no catálogo da Pinacoteca do Estado de Minas Gerais.
-
“Annamélia – as cartas na mesa” pôr Márcio Sampaio – Suplemento Literário do
Minas Gerais de 05/07/1969.
-Verbete
e ilustração no livro ARTE/BRASIL/HOJE 50 Anos depois – de Roberto Pontual
-
”Annamélia: o equilíbrio dos opostos” pôr Márcio Sampaio no Suplemento Literário
do Minas Gerais.
-
Couro gravura – um novo campo de pesquisa – pôr Maurílio Torres – Caderno B do
Jornal do Brasil – 25 de setembro de 1973.
-
Verbete e ilustração no catálogo “Barroco Mineiro” pôr Márcio Sampaio - 1982.
-
”Gravura de Annamélia- Arte em lances de tacos”. - Ângelo Oswaldo de Araújo
Santos – Caderno Pensar – Jornal Estado de Minas –22 /11/ 1997.
-
”Multiplicação de imagens” – Walter Sebastião – Jornal Estado de Minas -
/semana de 14 a 20 de novembro 1997.
-
“Um Século de História das Artes em Belo Horizonte” - Fernando Pedro e Marília
Andrés – C/Arte, Belo Horizonte, MG.
Anna
Amélia Lopes de Oliveira
Rua
Camilo de Brito, 59 – Centro - Ouro Preto, MG – 35400-000
Telefax
31 3551-3375
quinta-feira, 30 de agosto de 2018
Participação de Annamélia na Exposição
The projection on the Barroque in the Comtemporary Art of Minas Gerais
Nova York
Dezembro de 1981
Participaram também:
Maurino Araujo
Paulo Laender
Sara Ávila
Organized by
Govermment of the State of Minas Gerais
Ministry of External Relations
Consulate General of Brazil in New York
The projection on the Barroque in the Comtemporary Art of Minas Gerais
Nova York
Dezembro de 1981
Participaram também:
Maurino Araujo
Paulo Laender
Sara Ávila
Organized by
Govermment of the State of Minas Gerais
Ministry of External Relations
Consulate General of Brazil in New York
quarta-feira, 29 de agosto de 2018
Verbete sobre Annamélia
no Dicionário das Artes Plásticas no Brasil
Roberto Pontual
Editora Civilização Brasileira
1969
ANNAMÉLIA, Anna Amélia Lopes de Moura Rangel, dita (Nova
Lima MG 1936).
Desenhista e gravadora. Frequentou a Faculdade de Artes
Visuais da Universidade Federal de Minas Gerais, residindo depois em Lagoa
Santa e Ouro Preto.
Participou do X Festival Universitário de Arte (Belo Horizonte
1961) / Primeiro Prêmio em desenho e Terceiro em gravura e das mostras de
artistas brasileiros contemporâneos na cidade de Lagos (Nigéria 1963) e de
artistas mineiros em Brasília (1966) e de artistas mineiros em Brasília (1966),
conquistando ainda prêmio de aquisição no XVIIl SMBABH (1963) e no lll SOP
(1969), bem como o primeiro prêmio de gravura no Salão da Aliança Francesa
(Belo Horizonte 1969). Realizou exposições individuais na Guignard (Belo
Horizonte 1966) tem lecionado gravura na Faculdade de Belas Artes e Artes
Gráficas de Belo Horizonte.
Maristela Tristão disse a seu respeito em 1966: Se busca
retratar não é pela imagem simples das formas, mas pelo que elas contêm de
subjetivamente belo (...) E as obras dos grandes mestres do passado ressurgem
nos casarios, becos e fachadas, torres e nas sacadas de ferro, rendilhadas
agora nas linhas sensíveis, leves e luminosas dos desenhos de Annamelia.
Já Márcio Sampaio registrando o desenvolvimento
de seu trabalho, em artigo no Suplemento
Literário Minas Gerais (nº 140 5 de julho de 1969), comentou: “Esse
trabalho Annamélia continuou até 1966, quando, vindo para Belo Horizonte,
iniciou uma fase nova com a atenção voltada para outro lirismo, inspirado na
música popular brasileira”. A esta nova fase se seguiu, a partir de 1968, com o
aproveitamento dos jogos de cartas.
terça-feira, 28 de agosto de 2018
domingo, 26 de agosto de 2018
Cartas de Oposição
Homem/Mulher
xilogravura e colagem
1969
Annamélia
(Artes Plásticas / Suplemento Literário / Márcio Sampaio / 05/07/1969)
A indicação para prêmio de aquisição no III Salão de
Ouro Preto e o primeiro prêmio de gravura no Salão da Alliance Française
recentemente realizado em Belo Horizonte, trouxeram à baila o nome de
Annamélia. Gravadora e desenhista é bem conhecida, mas avessa ao grupismo e à
publicidade, preferindo sempre trabalhar silenciosamente muitas vezes
negando-se a participar dos salões. Somente no fim do ano passado é que
resolveu mandar seus trabalhos para o Salão Municipal do qual participou com
destaque tornando-se uma das boas surpresas apresentadas por aquele certame. Em
abril, apresentou no Salão de Ouro Preto (certame de âmbito nacional) suas
novas gravuras com as quais obteve em prêmio de aquisição. Mas o nosso ver ( e
nesse ponto concordamos com o crítico Morgan Motta que escreveu a respeito na
sua coluna do "Diário da Tarde") Annamélia deveria receber o prêmio
maior visto serem suas gravuras a melhor coisa apresentada no Salão, muitos
furos acima daquela gravura que obteve o primeiro prêmio. Já no Salão da
Alliance Française, fez-se justiça à artista concedendo-lhe o júri o primeiro
prêmio de gravura. Seus três trabalhos demonstram a maturidade da artista, sem
dúvida nenhuma, dos melhores gravadores de Minas.
Annamélia não teve uma iniciação muito feliz, tendo
aprendido gravura e desenho (aprendido, não é bem o termo) na Escola de Belas
Artes da UFMG, nos tempos heróicos em que esta era ligada à Faculdade de
Arquitetura. Terminando o curso, passou a residir em Lagoa Santa e mais tarde
em Ouro Preto. Trabalho sozinha na xilogravura e na gravura em metal,
aprendendo consigo mesma, à força de muita pesquisa e paciente trabalho,
fixou-se na xilogravura. Nesta época particiopou de algumas poucas exposições e
Salões, obtendo, porém prêmios importantes. Os três anos que passou em Ouro
Preto foram tremendamente importantes e decidiram na sua "carreira"
de gravadora. Não há artista que, morando na vela Vila Rica, não se deixe
impregnar daquela atmosfera sombria, do barroco apaixonado, de suas igrejas e
de sua topografia. A matéria está viva pronta a ser trabalhada, e os artistas
os mais modernos ou os mais tradicionais não têm como fugir dessa amável
solicitação.
Annamélia criou algumas obras de grande beleza tendo
como inspiração as coisas de Ouro Preto. São famosos os seus anjos (os próprios
filhos feiro anjos) desenhados ou gravados que ela expôs na Galeria Guignard
(1965). Toda a poesia e uma ternura comovente impregnam aquelas formas que
nasceram (como nasceram no século do ouro) do Amor. Estas suas gravuras (assim
como os desenhos desta época) são um capítulo especial na obra da artista.
Delas nasce uma fonte de pura e serena água, uma luminosidade que nos lava.
Annamélia conseguiu usar o tema sem se deixar corromper pelo que de fácil
apresenta, pelo falso lirismo ou pelo apelo ao sentimental. Ao
contrário, ela soube somar à imagem barroca daqueles anjos, uma nova dimensão
que lhe deu - quer pela composição apaixonada, que pelo elemento poético
suficientemente atual na forma - uma nova carga que transcende ao modelo para
exprimir-se em liberdade uma encenação nova e sempre consequente. Da mesma
maneira, Annamélia desenho e gravou as paisagens de Ouro Preto, mu ..... ca,
porém, deixando-se domar pela “beleza” exterior, mas sempre acrescentando à
paisagem uma nota pessoal e lhe dando nova vida.
Esse trabalho Annamélia
continuou até 1966, quando vindo para Belo Horizonte, (quando passou a ensinar
xilogravura na Escola Guignard) iniciou uma nova fase com a atenção voltada
para um outro lirismo inspirado na música popular brasileira. Era ainda uma
dependência ao tema (mas uma completa independência de invenção formal) como
antes, quando se prendia à paisagem ou a certos detalhes de arte barroca de
Minas.
Na fase das canções
brasileiras, Annamélia dirigia-se a outro círculo de vigência, fazendo o re-retrato das paixões, das dores, das
alegrias, do lirismo brasileiro. Formalmente, permaneciam o ritmo e a
composição barroca e, como era de se prever, iniciava uma caminhada para uma
surrealidade, para o fabuloso. Sempre presa à sua realidade e ao seu mundo,
deixava-se porém voar, aumentando cada vez mais a metragem desse cordão
umbilical que prende cada ser à sua terra, à inspiração e experiências
primeiras. Em João Bobo, Mané Fogueteiro e a Banda, a inocência marcava a
continuidade das antigas gravuras, bem como o sublime de Chão de Estrelas, mas
em Roda Viva dá uma guinada e conduz seu trabalho para “o outro lado da
realidade” o dramático que se reforça na contundência do corte, na composição
mais expressionista, acentuando o caráter trágico, levando a artista a reformular seu trabalho e iniciar
uma nova fase (meados de 1968).
AS CARTAS NA MESA
Nas primeiras obras desta sua
mais recente fase de trabalho, Annamélia mostrava-se ainda presa a certos temas
da mpb, mas em pouco deixou-se desligar de tudo para uma corrida em completa
liberdade, sem elo com quaisquer discursos antes conhecidos. Iniciou então um
trabalho fundamente mental, elaborando as bases de um jogo, que aos poucos, se
vai transformando numa partida de qualidade “nobre” de reis e damas, numa
feérica dominação de alta inventividade em que a intuição e os transbordamentos
líricos deixam lugar ao pensamento fino e sutil, ao raciocínio e à prática
intelectual do lúdico e do geométrico. Há contudo uma expressão interior a que
não podemos deixar de referir: a busca de uma correlação entre o intelectual e
o emocional, logo contida, porém, pela medida geométrica modular e pelo estudo
dos efeitos de cromatismo ou reflexão de luz, quase científico. As cartas de
Roda Viva cederam lugar a outras cartas, aos módulos que compõem uma nova
canção, mas uma canção da era da eletrônica e do computador. Sobrevive no
entanto, as marcas de sua profunda paixão pela vida, a vida que a arte lhe pode
perpetuar; esta paixão se imprime nas formas interiores estampadas, nos grandes
relevos brancos que testemunham o trabalho da goiva – isto sim, a permanência
do vigor, da vitalidade, da paixão, do trabalho, da busca de compreensão da
vida interior e da própria essência da matéria que trabalha. Configuram-se,
emolduradas pela forma geométrica dos planos modulares e da composição destes
módulos na grande folha branca, expressões poéticas apresentadas por um
processo inovador, pela montagem de “cartas” de valor semântico e codificáveis,
numa sucessão de contrastes e cortes (sempre a dualidade: bem/mal, vida/morte,
homem/mulher, claro/escuro) que a medida que se desenvolvem vão ganhando relevos
ou se perdendo na linha do matiz que busca, no final, o asseptismo do branco,
vale dizer: a ascese.
quarta-feira, 22 de agosto de 2018
Annamélia
Anna Amélia Lopes de
Oliveira / Rangel / Bastos
Artista-plástica e professora.
Natural de Nova Lima, MG, mudou-se com 6 anos para Belo Horizonte, onde estudou na primeira turma da Escola de Belas Arte da UFMG. Mudou-se para Ouro Preto na década de
1960, junto com seu marido o pintor Nello Nuno, onde criaram os cursos de arte que
deram origem à Escola de Arte Rodrigo Melo Franco de Andrade da Fundação de Arte
de Ouro Preto |FAOP, da qual foi diretora e professora de desenho e gravura.
Pioneira na área de gravura em Minas Gerais, seus
trabalhos integram várias coleções particulares e acervos de institucionais
entre os quais Itamaraty ( Brasília – DF
); Museu de Arte da Pampulha ; Fundação Clóvis Salgado ; Pinacoteca do Estado /
Museu Mineiro ; Universidade Federal de Minas Gerais ( Belo Horizonte / MG ) ;
Universidade Federal de Viçosa ( Viçosa MG ); Fundação de Arte de Ouro Preto.
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