Márcio Sampaio
Desenhista e gravadora, Annamélia Lopes
desenvolve uma obra que se caracteriza por elevado nível técnico que lhe
permite imprimir com grande vigor sua particular leitura do mundo.
Da longa convivência com a produção
artística concentrada em Ouro Preto, soube assimilar o pathos singular da
expressão barroca, transportando-o para o espaço contemporâneo.
Na gravura em metal e no desenho, vem realizando uma leitura da paisagem ouropretana, lírica, de saboroso detalhismo, com o qual potencializa um sentido de fantasia feliz, Mas, trabalhando com a xilogravura, naturalmente expressionista, vai tocar o reverso dessa paisagem, para desvelar o drama estabelecido pelos conflitos de luz e sombra, pela exposição de mundos opostos, pelo jogo dramático das contingências humanas.
Mas por mais que sejam submetidas ao rigor da geometria, as imagens coladas na tela ou em caixas, se rebelam e se desvelam ao olhar atento, emitindo sinais de uma urgência, da vida que se constrói e se consuma. Coladas em tubos cheios de sementes (como os paus de chuva indígenas), as gravuras- objetos , em seu novo espaço expressivo, convidam ao movimento, que se converte em canto e acorda os mistérios.
Na gravura em metal e no desenho, vem realizando uma leitura da paisagem ouropretana, lírica, de saboroso detalhismo, com o qual potencializa um sentido de fantasia feliz, Mas, trabalhando com a xilogravura, naturalmente expressionista, vai tocar o reverso dessa paisagem, para desvelar o drama estabelecido pelos conflitos de luz e sombra, pela exposição de mundos opostos, pelo jogo dramático das contingências humanas.
Toda essa riqueza de configurações colocadas em cena se realiza nas gravações em tacos de madeira (a artista utiliza mesmo , os tacos de piso , retangulares, e também formas quadradas e triangulares ), imprimindo em papel e tela. E com essas lâminas impressas, compõe módulos seriais, organizados em estruturas geométricas, que acabam encobrindo o drama contido em cada fragmento, em função de uma luminosa e colorida composição construtiva.
Mas por mais que sejam submetidas ao rigor da geometria, as imagens coladas na tela ou em caixas, se rebelam e se desvelam ao olhar atento, emitindo sinais de uma urgência, da vida que se constrói e se consuma. Coladas em tubos cheios de sementes (como os paus de chuva indígenas), as gravuras- objetos , em seu novo espaço expressivo, convidam ao movimento, que se converte em canto e acorda os mistérios.
Anna Amélia Lopes de Oliveira
Resumo do Curriculo
Natural de Nova Lima, MG, vive e trabalha em Ouro Preto, formou-se pela Escola de Belas Artes da UFMG. Desde 1964 reside em Ouro Preto, onde em 1970, juntamente com o pintor Nello Nuno, criou um curso de Arte, transformado na Escola de Arte Rodrigo Mello Franco de Andrade, da Fundação de Arte de Ouro Preto.....
Resumo do Curriculo
Natural de Nova Lima, MG, vive e trabalha em Ouro Preto, formou-se pela Escola de Belas Artes da UFMG. Desde 1964 reside em Ouro Preto, onde em 1970, juntamente com o pintor Nello Nuno, criou um curso de Arte, transformado na Escola de Arte Rodrigo Mello Franco de Andrade, da Fundação de Arte de Ouro Preto.....
Principais exposições individuais
: Galeria Guignard, Belo Horizonte, 1965, Galeria Contra Ponto, Rio de Janeiro,
1985, Galeria Itaú, Belo Horizonte,1986 , Espaço Cultural Petrobrás, Rio de
Janeiro, 1986, Sala Manoel da Costa Atahide, Galeria de Arte da Cemig, Belo
Horizonte, 1997. Ouro Preto, 1987.
Participou de várias
coletivas entre elas: em 1970, Mostra Especial da Bienal de São
Paulo, Arte / Brasil / Hoje :50 anos depois, Museu de Arte Moderna do Rio
de Janeiro,e Galeria Colletio, São Paulo, 1974, Projeções do Barroco na Arte
Contemporânea de Minas. Nova York.Belo horizonte e Brasília , Brasilien
Dronninglund Kunstcenter, Dinamarca,. Propuestas Galeria de Arte, Assunção.,
Paraguay.......
Obteve prêmios em vários salões,
entre os quais: XIII Salão Nacional de Arte de Belo Horizonte,em 1963, II Salão
Nacional da Aliança Francesa, em 1969, recebeu o Premio Itamaraty de Gravura na
X Bienal de São Paulo,em 1969, IV Salão do Conselho Estadual de Cultura de
Minas Gerais, em 1981,