Castelo de Areia
Poema de Nello Rangel
Aquarela de Annamélia
O castelo de areia
já meio seco
iniciava seu desfazer.
Mas repeli o menino
que mirava o castelo com olhos cobiçosos
não queria esperar o tempo
elevar a maré
até engolir
lambida com lambida o castelo inteiro.
Esperança fútil
só hoje o mar preguiçoso
não subirá.
Até parece,
castelos de areia não duram tanto tempo.
o vento, mesmo sutil,
fará o serviço
devagarinho
Então, melhor seria deixar o menino se divertir
a casa pisada.
Mas não,
Eu insistia -expectativa estéril-
em esperar a maré
na ilusão se que ele permaneceria
mas
castelos
de areia
sempre vão.
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