terça-feira, 15 de setembro de 2020

 

Filhos

Aquarela de Annamélia
Poema de Nello Rangel


 Entre pedras e lages
a água ainda pequena,
 se revolve,
queda, tromba,
 volta, borbulha.
E continua. 
Um pouco adiante,
adolescente,
o fluxo revolve-se, 
perdido redemoinho,
parece afundar.
no remanso,
já maduro,
o rio lhano
flui
no subterrâneo
enquanto lâmina
na superfície
contempla,
renascido,
brincando de mar.





Nenhum comentário:

Postar um comentário