Filhos
Aquarela de Annamélia
Poema de Nello Rangel
Entre pedras e lages
a água ainda pequena,
se revolve,
queda, tromba,
volta, borbulha.
E continua.
Um pouco adiante,
adolescente,
o fluxo revolve-se,
perdido redemoinho,
parece afundar.
no remanso,
já maduro,
o rio lhano
flui
no subterrâneo
enquanto lâmina
na superfície
contempla,
renascido,
brincando de mar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário