Louva a Deus
Oleo sobre tela 70X60 2016
Autora: Annamélia
Anna Amélia na FAOP
Oleo sobre tela 70X60 2016
Autora: Annamélia
Anna Amélia na FAOP
Um cordão dos antigos carnavais, o Banjo de Prata, chegava à
Praça Tiradentes, e todo mundo cantava: “Dá gosto ver... dá gosto ver...!”. O
refrão, que não é do nosso tempo, mas ecoa na memória ouro-pretana, espontaneamente
ressurge quando vejo as pinturas de Anna Amélia a se apresentarem na FAOP, na
reabertura de sua galeria de arte na sede do Rosário.
Dá gosto ver como a grande gravadora domina a pintura, em
clima festivo e exuberante, ao mapear ruas, ladeiras e morros de Ouro Preto
como se ilustrasse lendas e contos da histórica cidade. Com uma graça ingênua e
multicolorida, reverberando lembranças de Nello Nuno e sugestões de Alfredo
Volpi, ambos mestres da cor, ela compõe itinerários de encantamento no
sobe-e-desce das encostas desenhadas pelo casario que leva de uma igreja a
outra.
Premiada em bienais e reconhecida pela presença no espaço da
gravura, Anna Amélia já havia tirado imagens coloridas de cenas ouro-pretanas.
Os efeitos, na pintura, ganham plasticidade e vibração, resultando em mais uma
realização significativa da artista à qual também se deve, ao lado de Nello
Nuno, a criação da escola de arte da FAOP, quando implantada por Murilo Rubião.
Ao marcar o retorno da galeria de arte ao casarão do Rosário,
a exposição de Anna Amélia torna-se uma homenagem da Fundação à artista e
mestra. Sempre captada pelos pintores, Ouro Preto encontra, nessa série, o
caminho direto entre a sedução dos trajetos que oferece e a delicadeza de uma
pintura feita de pura magia.
Angelo Oswaldo de
Araújo Santos
Secretário de Estado de
Cultura
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